Inclusão... Faça parte disso...
Escolas inclusivas, escolas integradas, escolas integradoras... são apenas nomes diferentes significando a mesma coisa ou são realmente conceitos diferentes abrangendo práticas diferentes?
À medida que aumenta o número de defensores e praticantes da filosofia da inclusão no campo educacional - fato que vem repercutindo entre pessoas até então alheias a este tema - cresce também a polêmica em torno da questão:
"O que é melhor para pessoas deficientes - estudar em escolas e classes especiais ou estudar em escolas comuns?"
Deixe seu recado...

Educar é...

Educar é...

Navegando na internet, encontrei um artigo muito interessante sobre uma das principais características da arte de educar...

Educar por quê? e para que?
Educação para o Pensar...


O problema crucial é o seguinte: a filosofia aspira à verdade total, que o mundo não quer. A filosofia é, portanto, perturbadora da paz. E a verdade, o que será? A filosofia busca a verdade nas múltiplas significações do ser verdadeiro segundo os modos do abrangente. Busca, mas não possui o significado e substância da verdade única. Para nós a verdade não é estática e definitiva, mas movimento incessante, que penetra no infinito. No mundo, a verdade está em conflito perpétuo. A filosofia leva este conflito ao extremo, porém o despe de violência. Em suas relações com tudo o quanto existe, o filósofo vê a verdade revelar-se a seus olhos, graças ao intercâmbio com outros pensadores e ao processo que o torna transparente a si mesmo. Quem se dedica à filosofia põe-se à procura do homem, escuta o que ele diz, observa o que ele faz e se interessa por sua palavra e ação, desejoso de partilhar, com seus concidadãos, do destino comum da humanidade. Eis por que a filosofia não se transforma em credo. Está em contínua luta consigo mesma. (JASPERS, Karl.Introdução ao Pensamento Filosófico)
O que pensar de uma área do conhecimento e da ação humana que é classificada por um de seus expoentes como “perturbadora da paz”? Ou ainda que o que se busca através da mesma é a “verdade total”, “que o mundo não quer”? Para tornar ainda mais complicada a questão, que tal imaginar que a “verdade” que se busca pode e deve ter “múltiplas significações”?
A propósito... O que é verdade? E que área do conhecimento tão complexa, contraditória e provocante é essa tal de filosofia?

Filosofia é mais do que simplesmente uma “área do conhecimento e da ação humana” como a descrevi no início desse texto. Filosofia é um estado de espírito. Demanda a todo o momento vibração, movimento, oxigenação. É feita a base de leitura (de mundo), reflexão, intercâmbio, intensidade.

Quer nos ajudar a resolver os dilemas mais complexos que acompanham a nossa existência nesse mundo, inclusive a própria “existência” (Estamos aqui para quê? Para onde vamos? O que nos cabe realizar ou viver?). Não busca, no entanto, respostas definitivas, por isso continua numa permanente “luta consigo mesma”, como destaca Karl Jaspers.

Quem se aproxima, se identifica e passa a vivenciar a filosofia crê naquilo que Jaspers e outros pensadores afirmaram (cada qual da sua maneira, dentro de diferentes contextos, acrescentando ou tirando subsídios muito próprios e peculiares de suas reflexões) quando disseram que “a verdade não é estática e definitiva, mas movimento incessante, que penetra no infinito. No mundo, a verdade está em conflito perpétuo. A filosofia leva este conflito ao extremo, porém o despe de violência”.

Ao inaugurarmos uma nova coluna no Planeta Educação, fruto de uma salutar e enriquecedora parceria com Centro Brasileiro de Filosofia para Crianças (CBFC), que tem o nome Educação para o Pensar, esperamos estar contribuindo para o surgimento e amadurecimento de novas gerações de brasileiros que também queiram entender o mundo em que vivem e sua diversidade.
Imaginamos que há muitas verdades a serem descobertas, discutidas, apresentadas ao público, pensadas à luz de ricos debates que nos coloquem em contato com Platão, Aristóteles, Tomás de Aquino, Agostinho, Hegel, Locke, Descartes, Marx, Heidegger, Nietzche e tantos outros expoentes desse universo formidável da reflexão filosófica.
Educação para o Pensar me faz voltar no tempo e relembrar encontros que tive com alunos e que não conseguia chamar de aulas, pois sempre pensava nos mesmos como momentos de reflexão, ponderação, debates e de uma intensa e constante busca da verdade inferida por Jaspers.
E quantas não foram as vezes em que alguns estudantes revelavam ao final desses encontros exaustivos, alegres, cheios de energia e carregados de esperança, que as provocações, temas, discussões e leituras de mundo ali realizadas realmente os levavam a pensar. E como aquilo era diferente de todo o restante do trabalho escolar...
Filosofia é isso e quer isso... Provoca e estimula... Leva a ações e reações... Transforma e modifica... Educa e deseduca o pensar e para o pensar... É justamente nesse ponto que reside nossa proposta... Queremos causar e acreditamos que para isso é imprescindível pensar... Sinta-se bem-vindo... Entre em nossas discussões...

João Luís Almeida Machado
Editor do Portal Planeta Educação



E você professor? Qual é o tipo de cidadão que você está preparando para a vida?
Pare e Reflita... é muito fácil fazer do aluno uma máquina copiadora, difícil é ensinar a ele a pensar por conta própria... Mais, não é essa a sua verdadeira missão?