Trabalhador estudou mais, mas ganha menos do que em 1997, diz IBGE



Rendimento médio diminuiu de R$ 1.011 para R$ 960 até 2007.Dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios.

O trabalhador brasileiro ficou mais qualificado no ano passado, mas ainda ganhava menos do que em 1997, revela a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2007 (Pnad 2007) divulgada nesta quinta-feira (18). De acordo com os números da pesquisa do IBGE, de 2006 para 2007 caiu a parcela dos trabalhadores ocupados que estudaram até sete anos e aumentou o percentual de pessoas que estudaram de oito e dez anos (+5,4%) e 11 anos ou mais (+ 5,9%). Junto à escolaridade, a renda também cresceu em relação aos anos anteriores, com o maior ganho médio desde 1999.

No entanto, o rendimento médio mensal do trabalhador em 2007 ainda é menor do que era em 1997: diminuiu de R$ 1.011 para R$ 960 no período.

Na comparação 2007/2006, o rendimento das pessoas ocupadas cresceu 3,2%; ritmo inferior em relação ao aumento observado em 2006 (7,2%) e 2005 (4,5%).

Regionalmente, o Nordeste teve o menor ganho médio no ano passado (R$ 606) e o Centro-Oeste (R$ 1139) o maior, segundo os dados de 2007 da pesquisa.

Qualificação e gênero

Entre as mulheres, a concentração de pessoas ocupadas com maior nível de estudo é maior que entre os homens: 45,7% das mulheres ocupadas têm 11 anos ou mais de estudo. Segundo o IBGE, o resultado mostra que a escolaridade parece ser um fator decisivo para que a mulher consiga entrar no mercado de trabalho.
As trabalhadoras ainda têm remuneração menor que a dos homens em todas as posições de ocupação analisadas pelo instituto: entre os empregados (R$ 958 deles, contra R$ 845 feminino); entre trabalhadores domésticos (R$ 447 contra R$ 324); entre trabalhadores por conta própria (R$ 886 contra R$ 585) e entre os empregadores (R$ 3.038 contra R$ 2.356). Em 2007, o rendimento médio real de todos os trabalhos da força de trabalho feminina correspondia a 66,1% da remuneração média masculina; em 2006, essa relação era de 65,6%. Ainda de acordo com a Pnad 2007, cresceu o ritmo de entrada das mulheres no mercado de trabalho: em 15 anos, o nível de ocupação dos homens caiu de 72,4% para 67,8% e o das mulheres aumentou de 43,4% para 46,7%.

Ocupação

Em 2007, segundo dados da pesquisa, havia 159 milhões de pessoas em idade ativa (com dez ou mais anos de idade) no Brasil, 2% a mais do que em 2006. Entre as pessoas em faixa etária ativa, 57% estavam ocupadas, ante 57,2% no ano anterior. No ano passado, as pessoas desocupadas representavam 8,2% do total de economicamente ativas; em 2006, eram 8,4%. A taxa de desocupação entre os homens (6,1%) era menor do que a das mulheres (10,8%).


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